As impressoras 3D passaram de um protótipo inventado nos anos 80 para um aparelho super tecnológico que vem adentrando o mercado cada vez mais. Muito conveniente, prática e rápida, a máquina pode imprimir mil e umas maravilhas. O que antes eram apenas letras impressas em uma folha de papel, agora se tornou objetos de diversas cores, dimensões e formatos, muitos formatos!
Como funciona uma impressora 3D?
O primeiro passo é entender como o processo funciona e não, não é mágica! Antes de qualquer coisa, precisamos falar do software de edição necessário para a operação ser realizada. No programa, você irá desenvolver o objeto desejado em dimensões 3D para que a impressora leia toda a composição daquilo que está sendo criado.
Depois, você irá especificar o tamanho do objeto e a espessura das camadas que serão sobrepostas na impressão, quanto mais detalhes melhor será o resultado (e maior o tempo de impressão).
Por fim, o software de impressão compila todos os dados e “fatia” o objeto em diversas camadas, por isso vemos que a impressão é feita parte a parte e só ao final é possível entender o que está sendo criado.
Essa é a Modelagem por Fusão e Depósito (FDM), mas há também o tipo de impressão 3D por laser, a Sinterização Seletiva a Laser (SLS), e a impressão através de luz ultravioleta, a Estereolitografia (SLA).
O que podemos imprimir?
Atualmente, com o avanço rápido da tecnologia que envolve as impressoras 3D, estamos próximos de imprimir quase tudo! É possível encontrar em diversos sites inúmeros artigos de decoração feitos a partir desse tipo de impressão, com variados tamanhos, formatos e cores. Também é possível imprimir ferramentas, organizadores, suportes para celular, utensílios de cozinha, acessórios, solas de tênis… e muitas coisas mais.
As novidades mais quentes que ligam este ramo à medicina incluem impressões de próteses, membros e órgãos para transplante (sim!). E cientistas já imprimiram órgãos a partir de células embrionárias. À primeira vista isso pode parecer um pouco bizarro, mas na verdade estamos prestes a revolucionar a medicina. Imagine que os pacientes que necessitam de transplante não precisarão mais entrar em filas gigantescas para receber o órgão, pois a impressão 3D dará conta do recado, além de ser prática e rápida.
E para deixar você ainda mais boquiaberto, também já é possível imprimir alimentos. Bifes veganos já foram impressos com sucesso a partir de grãos e proteínas vegetais, além de alguns doces e chocolates. E futuramente poderemos construir casas inteiras a partir das impressões 3D. Incrível, não?
Mapeamento 3D e Maquete Digital
Seguindo a ideia de criar objetos e documentos a partir das tecnologias 3D, também é importante citar projetos como o mapeamento 3D e a maquete digital. No mapeamento 3D, drones de alta tecnologia ficam responsáveis por coletar centenas de imagens de uma área específica. Em seguida, esses dados são processados de forma a se tornarem informações tridimensionais, nos fornecendo detalhes e minuciosidades que podem ser trabalhados de forma mais específica. Esse tipo de mapeamento é muito usado no agronegócio, em acompanhamento de obras, nas indústrias, em áreas de risco e monitoramento ambiental, pois possibilita medições e cálculos precisos. E essa tecnologia ainda pode ser usada para mapear lugares de interesse geral como museus, castelos, grandes monumentos etc.
Já a maquete digital ou eletrônica é a queridinha de arquitetos, desenhistas e projetistas, pois fornece de forma volumétrica a simulação de desenhos urbanísticos, industriais e arquitetônicos. Essas representações 3D são ótimas no quesito economia de recursos, pois não geram resíduos como papéis, vidros, plásticos etc., extinguindo o descarte de materiais. A maquete digital pode ser usada como esboço, de forma mais detalhada ou ainda foto-realística, ligada mais a projetos artísticos.
E essa tal Sustentabilidade?
É muito importante que o conceito de sustentabilidade seja um dos focos (se não o principal) para o crescimento e popularização em massa da impressão 3D. Mas essas impressoras usam plástico e resinas plásticas, certo? Certo. Então por que usar algo que irá gerar ainda mais lixo descartável? Bom, vamos lá…
Primeiro temos que seguir na lógica de personalização. Os objetos impressos são personalizados, únicos, afinal você pode montar o que deseja do jeitinho que quer. Isso elimina as produções em larga escala, consequentemente já eliminamos uma grande parte de descarte e desperdício.
Pensando em logística, também acabamos por reduzir o uso de transporte, pois a impressão pode ser feita em local próximo a você e assim contribuímos com a diminuição de poluição do meio ambiente gerada por automóveis. Também conseguimos economizar e impactar bem menos o meio ambiente, se pensarmos na energia gasta para produção em grandes fábricas.
E sim, as impressoras 3D usam plástico, mas hoje já existem filamentos de plástico reciclável e filamentos de plásticos que não são produzidos à base de petróleo, ou seja, são biodegradáveis! O selo I’m Green ™ criado pela Braskem (empresa química e petroquímica brasileira) identifica produtos que utilizam o Plástico Verde (polietileno I’m Green ™) em sua composição. Essa matéria prima renovável é um bioplástico produzido a partir do etanol de cana-de-açúcar brasileira que, além de biodegradável, também contribui para a redução da emissão dos gases que causam o efeito estufa. Já os polietilenos tradicionais são compostos por petróleo ou gás natural.
Ou seja, já temos a opção de usar as impressoras 3D com plásticos que não poluem o meio ambiente e ainda podem ser reciclados. A tendência é nos comprometermos com o uso de produtos sustentáveis cada vez mais para que possamos viver em um mundo mais limpo e preservado. É legal também pensar que as impressões 3D fortalecem a produção local e o consumo consciente, por isso devem ser enaltecidas.
As impressoras 3D estão a um passo de se tornarem nossas melhores amigas e grandes aliadas da natureza!
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