O QUE É PHYGITAL

Imagine o seguinte: você está com seu carro no centro da cidade. Você encontra uma vaga para estacionar, porém é preciso ter um daqueles cartões de estacionamento temporário. Após estacionar seu carro, você pega seu smartphone, baixa o aplicativo necessário e, em poucos segundos, cadastrou um cartão temporário para seu veículo. Essa e muitas outras uniões do mundo virtual com o mundo físico deram origem ao termo “Phygital”.

 

Porém, phygital é muito mais do que integrar pagamentos a aplicativos instalados em smartphones. A fusão do virtual com o físico acontece também por meio de “wearables” – como relógios com capacidade de monitorar passos e distância percorrida – e da IoT, a internet das coisas. 

 

Com tantos pontos de conexão entre o virtual e o físico, o “phygital” é um componente cada vez mais perceptível em nossa sociedade.

 

Let’s get phygital

Physical + Digital. A união das duas palavras em inglês deu origem ao termo usado para descrever os pontos de intersecção entre o mundo físico e o digital – e as profundas transformações possíveis a partir desse encontro.

Apesar de parecer, o conceito não é assim tão jovem. Interpretado ao longo da última década, o “phygital” tem a função de apresentar e definir, sobretudo para os nascidos na geração Y e anteriores, um padrão de comportamento e consumo natural à geração Z. 

 

Vamos entender uma coisa: Quase 50% da população mundial nasceu depois do período de adaptação ao online. Para as pessoas nascidas a partir de 1995, não existe separação das realidades físicas e digitais. Em outras palavras, o phygital não será, o phygital já é.

 

Até a virada do milênio, acreditava-se num futuro totalmente digital. As interações aconteceriam exclusivamente por meio de um computador. A ideia de robotização das pessoas falhou ao não prever que a conexão com a internet ganharia mais meios que os pesados computadores de mesa do final do século.

 

Somos seres “cybridos”

A era dos smartphones e dispositivos com conexão à internet tão leves quanto um relógio de pulso nos libertou de cadeiras, quartos pouco iluminados e teclados ergométricos. Podemos trabalhar de parques, fazer compras enquanto esperamos a comida em um restaurante e consumir qualquer tipo de conteúdo em viagens longas. Vivendo num tempo phygital, é natural que nos tornemos seres cybridos

 

Clicks to Bricks

De maneira algo inesperada, o phygital nos tornou mais conscientes de nossa natureza emocional. Isso quer dizer que, mesmo com as inúmeras maneiras de interação digital possíveis, o contato humano continua sendo a forma mais necessária e satisfatória à nossa condição. Assim, marcas e negócios que surgiram por meio do digital começaram a investir no movimento contrário, o de criação de espaços físicos, dando origem ao efeito “clicks to bricks”

A existência de locais em que clientes possam ser recebidos, provar produtos, fazer algumas fotos para as redes sociais, além de outras experiências “táteis” é um dos trunfos obtidos no phygital: engajamento conseguido por meio do digital consolida-se no físico com a experiência que, por sua vez, é registrada e apresentada de volta no digital.

 

Awareness agora é totalmente diferente

O Omnichannel, marketing 4.0 e o social listening são alguns dos conceitos que se valem do phygital para gerar não apenas percepção de marca, mas percepção de público. Marcas e serviços precisam ser conhecidos, mas também precisam conhecer e acolher quem as consome. Aliando-se a componentes tecnológicos, elas ganham cada vez mais poder de não apenas encantar, mas de compreender seu público, desenhando produtos e estratégias cada vez mais eficazes.

 

Feiras, concertos e demais eventos presenciais já contam com formas digitais de interação. Mas, numa época em que eventos presenciais não são recomendados e as reuniões por vídeo se tornam cada vez mais cansativas, as experiências digitais ganham força.

 

Desenvolver soluções para integrar público e marca, pessoa a pessoa, com interação entre participantes, atividades de engajamento, redes de transmissão, chats e outras possibilidades de trocas parece ser o caminho adequado para marcas que desejem prosperar nesse cenário. Assim, é preciso basear-se no phygital para encontrar uma solução adaptável às características de cada grupo, considerando seus interesses e particularidades para criar experiências phygitais significativas.